A valorização da beleza e cultura negra é debatida em evento do CEDH/NERA Apucarana
Geral, Extensão
Comemoração ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha
No dia 25 de julho foi celebrado o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Após o recesso, a Unespar, por meio do NERA – Núcleo de Educação para Relações Étnico-Raciais, com apoio do CEDH – Centro de Educação em Direitos Humanos e da PROECX, realizou, em 6 de agosto, um evento para discutir o tema “Autoestima, beleza e cultura negra na contemporaneidade”.
A programação contou com a participação da Profa. Thaila Caroline Cardoso Matias, psicóloga e docente da FAP de Apucarana, que abordou “Aspectos da autoestima e suas nuances na beleza negra”, e da Profa. Dra. Jessica Aracelli Rocha, com a palestra “Conceição Evaristo: racismo e desigualdade a partir de Ponciá Vicêncio”. O encontro reuniu cerca de 110 pessoas, entre estudantes, docentes e representantes da comunidade, além de autoridades do Movimento Apucaranense da Consciência Negra (MACONE), da Diversidade Cultural e de outros segmentos da sociedade civil.
O evento foi organizado pela Dra. Marli Elisa Nascimento Fernandes, coordenadora do NERA, e integrou o projeto de extensão “Grupo de Estudo para uma Educação Antirracista”, cujas ações vêm sendo desenvolvidas pela UNESPAR com o objetivo de promover uma reflexão crítica e coletiva sobre a necessidade de combate ao racismo.
A fala inicial foi realizada por Thaila Caroline Cardoso Matias, que destacou como o reconhecimento da beleza do corpo negro constitui um ato de resistência em uma sociedade que ainda padroniza o ideal estético. Em seguida, a Dra. Jessica Aracelli Rocha explorou a obra de Conceição Evaristo, ressaltando a potência da personagem Ponciá Vicêncio como mulher negra que enfrenta o espaço de subserviência historicamente imposto ao povo preto.
Por fim, as coordenadoras do NERA convidaram os presentes a engajarem-se nessa discussão e anunciaram que as próximas ações do núcleo ocorrerão em novembro, em alusão ao Dia da Consciência Negra, no campus. Segundo a Dra. Marli, iniciativas como essa demonstram que a pauta antirracista não se trata de uma ação pontual ou isolada na Unespar, mas de uma política de comprometimento com a inclusão de pretos, pardos e indígenas nos espaços acadêmicos.