A diretora de Direitos Humanos da Pró-reitoria de Políticas Estudantis e Direitos Humanos (Propedh), da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), professora Ana Maria Rufino Gillies, do colegiado de Licenciatura em Artes Visuais, foi uma das contempladas com a Comenda Dom Filó, em reconhecimento à sua contribuição para promover a igualdade racial. A cerimônia foi realizada no dia 13 de maio, no Teatro Sesc da Esquina, em Curitiba, pelo Instituto Afro-Indígena.

Participaram várias autoridades, lideranças, artistas, além de representantes da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), entre elas, a professora Fernanda Martins Felix, como vice-coordenadora do Núcleo de Educação para Relações Étnico-Raciais (Nera), do campus de Curitiba II/FAP.

Foram contempladas 50 outras pessoas que militam contra o racismo e pela promoção do respeito aos direitos humanos e das boas relações étnico-raciais.

A comenda foi criada em homenagem ao engenheiro Asfilófio de Oliveira Filho, o Dom Filó - importante líder de Movimentos Negros - pelo advogado e militante do Movimento Negro O Sul é Afro, Dr. Ivan Luiz Camargo que, junto com o professor Alexandre Cezar, do ICAIS e com o cineasta Tiago da Cunha do Nascimento, diretor da TCN Filmes, organizaram o evento que lotou o teatro e contou com a presença de inúmeras autoridades, inclusive o vice-governador do Paraná Darci Piana.

Segundo a docente Ana Gillies, “a data foi muito significativa, uma vez que oportunizou problematizar/refutar a ideia de Abolição como concessão de uma princesa, quando, de fato, representou o reconhecimento de que não havia mais como manter a desumana escravidão em razão, principalmente, da resistência negra e das conquistas de suas liberdades”.

Dentro do mesmo contexto, o campus de Curitiba II/FAP, recebeu no dia 16 de maio, vários convidados, entre eles, Dom Filó, protagonista do documentário Black Rio! Black Power! Os convidados assistiram ao documentário que foi dirigido por Emílio Domingos, e resgata a força dos bailes de soul music dos anos 1970 nos subúrbios do Rio de Janeiro. O filme revela como esses espaços tornaram-se potentes formas de resistência política e afirmação da identidade negra em plena ditadura militar, por meio da trajetória de Dom Filó e do coletivo Soul Grand Prix.