No dia 5 de novembro de 2025, durante o V Congresso de Licenciaturas (COLI) da UNESPAR – Campus de Apucarana, foi realizada a oficina “O Trançado Kaingang como Linguagem Pedagógica: Saberes Ancestrais e Resistência em Cores e Formas”, elaborada por Eleonice Gavyg Sãnh Pereira Pires, estudante indígena Kaingang, e Natália Mench, sob coordenação da professora Bruna Padilha de Oliveira.

A atividade integrou as ações do projeto de extensão Fortalecendo Comunidades: Educação Ambiental e Valorização da Cultura Afro-Indígena para a Sustentabilidade Territorial, financiado pela Itaipu Binacional. A iniciativa tem promovido vivências educativas que fortalecem o diálogo entre ancestralidades, território, cultura e formação docente.

O minicurso convidou os participantes a experienciar o trançado Kaingang como expressão estética, pedagógica e cosmológica. Para a prática, foram utilizados papéis coloridos como alternativa simbólica às fibras vegetais, em respeito aos modos tradicionais de coleta e manejo. A proposta articulou arte, educação ambiental e interculturalidade na formação de professores.

A oficina teve início com uma contextualização sobre a cosmovisão Kaingang, a importância das metades Kamé e Kairu, e os significados culturais presentes nos trançados e cestarias tradicionais. Em seguida, os participantes realizaram o trançado coletivo, explorando padrões, cores e grafismos, compreendendo o entrelaçar como gesto pedagógico, relacional e simbólico.

A atividade contou com o apoio de um grupo diverso de monitores, estudantes indígenas e não indígenas, que refletiu o espírito colaborativo da proposta:

• Deise Elen do Nascimento (1º ano – Pedagogia)

• Luciana Pereira (2º ano – Pedagogia)

• Clauele Eg Pen Mo Galdino (1º ano – Letras Inglês)

• Matias Ré Tóg Pereira Vitoriano (1º ano – Pedagogia)

• Wesley Ryg Tánh Luis (1º ano – Letras Português)

• Helena Pereira (4º ano – Pedagogia)

• Ana Paula de Oliveira (Letras Espanhol)

• Alessandra Aparecida Colodino de Souza (2º ano – Pedagogia)

• Laura Carolyne Pereira Romão (2º ano – Pedagogia)

A presença desse grupo plural fortaleceu o caráter interdisciplinar, comunitário e intercultural da oficina. Mais do que um minicurso, a atividade evidenciou o trançado como ato de memória e resistência, convidando os participantes a compreender o gesto de entrelaçar como forma de aprender, ensinar e conectar-se com múltiplas ancestralidades.

A UNESPAR celebra a contribuição dos estudantes e monitores envolvidos e reforça seu compromisso com ações que promovam uma formação docente sensível, crítica e profundamente conectada aos povos originários.