Unespar Apucarana divulga resultados das ações dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres
Entre 22 de novembro e 10 de dezembro, o Campus de Apucarana da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) promoveu uma ampla programação no âmbito da campanha internacional 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, articulada pelo Núcleo de Educação para Relações de Gênero (NERG) e pelo Centro de Educação em Direitos Humanos (CEDH). As ações contaram com o apoio e a parceria da APP-Sindicato – Núcleo Sindical de Apucarana; Marcha Mundial das Mulheres (MMM); União de Mutuários e Moradores de Apucarana (UMMAR); Coletivo Macone; Comitê Mulheres – Crea-PR; Procuradoria da Mulher da Câmara Municipal de Apucarana; Faculdade de Apucarana (FAP); Coletivo LGBTQIA+ do Noroeste do Estado; Coletivo de Mulheres da Unespar; além dos cursos de Administração, Secretariado Executivo, Ciências Contábeis, Pedagogia, Serviço Social e Ciência da Computação.
Essas instituições e coletivos somaram esforços com a universidade para fortalecer ações de conscientização, formação crítica e mobilização comunitária pelo fim da violência contra mulheres e meninas. Para a professora Claudia Lopes Pontara, coordenadora do NERG, “cada atividade reafirmou nosso compromisso ético e institucional com a construção de uma universidade atenta às desigualdades e protagonista na defesa dos direitos humanos”.
1. Encontro com Mulheres da UMMAR – 22/11
Realizado na Câmara Municipal de Califórnia, o encontro inaugurou a programação com uma roda de diálogo sobre experiências de enfrentamento às violências, estratégias de apoio mútuo e articulação comunitária, fortalecendo redes locais de proteção e resistência.
2. Roda de Conversa “Diálogo e Resistência: Universidade e Sociedade Unidas pelo Fim da Violência de Gênero” – 25/11
A atividade online reuniu pesquisadoras, representantes de movimentos sociais e participantes de diversos municípios do Paraná, destacando a necessidade de políticas de prevenção, educação em direitos humanos e valorização das iniciativas comunitárias de enfrentamento às violações.
3. 6ª Ação da Marcha Mundial das Mulheres do Norte e Noroeste do Paraná – 04/12
Realizada no Auditório Prof. José Berton, a ação contou com as participações de Tania Tait e Isabel Cristina Oliveira Azevedo, que discutiram mobilização, consciência crítica e ação política contra as violências de gênero, reforçando o protagonismo das mulheres nos territórios.
4. Mesa-Redonda “Direitos Humanos e Diversidade Sexual em Pauta” – 10/12
Mediada pela professora Maria Inez M. Barbosa, a atividade reuniu pesquisadoras e lideranças indígenas para debater eugenia, diversidade sexual, violências de gênero, direitos das pessoas com deficiência e perspectivas LGBTQIA+, promovendo um diálogo interseccional sobre direitos humanos contemporâneos.
5. Cápsula do Tempo Feminista – 22/11 a 10/12
Durante toda a campanha, caixas e QR Codes receberam mensagens de estudantes, docentes e representantes de coletivos parceiros. As produções registram expectativas, denúncias, sonhos e esperanças de transformação.
Na cerimônia de selagem, realizada em 10 de dezembro, as coordenações do NERG e do CEDH conduziram o ato simbólico com a presença da Direção do Campus. O diretor, professor Daniel Gomes, destacou:
“É muito triste que, em pleno século XXI, ainda precisemos realizar campanhas para pedir o fim da violência contra as mulheres. A existência desta cápsula é um lembrete doloroso dessa realidade, mas também um compromisso coletivo de que não aceitaremos retrocessos”.
A professora Maria Inez complementou: “Esta cápsula guarda mais do que mensagens; guarda a esperança coletiva de um futuro em que mulheres vivam livres, respeitadas e protegidas”.
A cápsula permanecerá guardada na Biblioteca Central até novembro de 2028, quando será reaberta para avaliar avanços e desafios no enfrentamento às desigualdades de gênero.
6. Lançamento do Podcast Vozes Feministas
Foi lançado o podcast Vozes Feministas, produzido pelo NERG/CEDH em parceria com o curso de Secretariado Executivo. Os dois episódios iniciais reúnem reflexões e relatos das atividades da campanha:
-
Episódio 1 – Vozes da mediação e da formação, com as professoras Maria Inez M. Barbosa e Claudia Pontara.
-
Episódio 2 – Vozes estudantis e experiências de resistência, com participação das acadêmicas Tayla e Caroline (Secretariado Executivo) e Stephane, Mariane e Rafaela (Serviço Social).
As entrevistas foram conduzidas pelas acadêmicas Lannay e Anna. O podcast está disponível no canal Secretariado Unespar no YouTube: https://www.youtube.com/@SecretariadoUnespar.
7. Engajamento e impactos da campanha
A edição de 2025 consolidou-se como uma das maiores já realizadas pelo campus. Entre os principais resultados, destacam-se:
-
Ampliação do diálogo intersetorial entre universidade, movimentos sociais, coletivos feministas, organizações indígenas e instituições educacionais;
-
Participação expressiva de cursos e estudantes em debates, rodas de conversa e produções formativas;
-
Fortalecimento da educação em direitos humanos como eixo estruturante da formação universitária;
-
Preservação da memória feminista por meio da Cápsula do Tempo, que reunirá vozes e expectativas para a próxima década.
As ações reafirmam que o enfrentamento à violência contra as mulheres é uma tarefa coletiva que exige educação, políticas públicas, redes de proteção e participação social. A universidade pública permanece comprometida com a formação crítica, a construção de espaços seguros e a promoção de práticas cidadãs que enfrentem todas as formas de violência, discriminação e opressão.
A Unespar agradece a todas as parcerias, instituições, coletivos e participantes que tornaram a campanha possível e que seguem contribuindo para uma sociedade mais justa, diversa e livre de violências.
