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Cervantes e Onetti: investigações em tradução, literatura e filosofia

por Giovana Amorim publicado 09/11/2022 17h40, última modificação 09/11/2022 17h40

Esta investigação terá como objetos o clássico Don Quijote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, assim como a
obra completa de Juan Carlos Onetti, original e traduzida, composta de 11 romances e 47 contos. No caso do
Quixote, a investigação abordará sua relação com a pintura e a fenomenologia da visão. No caso da obra de Juan
Carlos Onetti, a investigação abordará o problema da tradução para a língua portuguesa através das décadas. Onetti
publicou sua obra ficcional principal entre 1933 e 1993, e ela foi sendo traduzida no Brasil a partir da segunda
metade do século XX. A questão que essas traduções colocam surge quando se entende que Onetti repetiu
literalmente trechos de umas obras nas outras e, não obstante, essa repetição não se reflete nas traduções, pois as
obras foram traduzidas por pessoas diferentes em tempos diferentes, com suas próprias opções de tradução em
seus respectivos trabalhos. Como resultado, o conjunto das obras traduzidas apresentaria uma inconsistência
interna em relação ao conjunto da obra original, haja vista que esta cria um universo ficcional único, no qual a
repetição literal é de suma importância. A investigação acerca desse problema visa a produzir interpretações acerca
das consequências dessas discrepâncias entre a obra original e a traduzida para o universo ficcional que emergiria da
obra traduzida.

Coordenador(a): Enrique Nuesch