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Semipi e Seti enaltecem papel da Unespar e demais universidades estaduais no combate à violência contra a mulher

geral, Extensão

por Fábio Candido dos Santos
publicado: 22/05/2024 14h38 última modificação: 22/05/2024 14h38

Os secretários estaduais da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi), Leandre Dal Ponte, e de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Bona, destacaram a importância da Unespar e das demais instituições estaduais de ensino superior paranaenses na conscientização e no combate à violência contra a mulher durante solenidade do programa Caranava Paraná Unido pelas Mulheres, realizada em Paranavaí, no último dia 10.

Dal Ponte, que coordena o programa, afirmou que as universidades estaduais são “uma grande oportunidade”, pois funcionam como “usinas de conhecimento” que podem pôr o saber à disposição de toda a rede de proteção à mulher.

“Seguramente os acadêmicos, os mestres, os doutores, todo o corpo docente que temos nas nossas universidades estaduais poderão nos ajudar e contribuir na construção de políticas públicas que tenham como principal finalidade mudar as vidas das pessoas. Nós estamos falando do fortalecimento da rede de proteção das mulheres vítimas de violência e o enfrentamento dessas violências e as universidades têm um papel extremamente estratégico nisso”, disse.

Bona fez coro com a colega de Governo ao defender que a educação tem papel crucial na sociedade atual para o fomento à conscientização e o combate à violência contra a mulher.

“A violência contra a mulher não é algo que surgiu do dia para a noite. É histórica e socialmente construída, quando nosso pensamento ocidental começa a ser formar. Lá começa a nascer a ideia de superioridade do masculino sobre o feminino, o que dá origem a todas as formas de violências. Enfrentar a violência contra a mulher exige desconstruir essa maneira de pensar. E só vamos descontruir essa maneira de pensar com um trabalho sério de educação e transformação. Por isso nossas universidades são fundamentais e precisam ter esse compromisso”, defendeu. 

A secretária da Semipi reforçou o caráter conscientizador operado pelas universidades públicas no tocante à luta pela defesa dos direitos da mulher, exposto pelo discurso de Bona.

“As universidades têm um papel extremamente estratégico nisso. Porque temos muitos pesquisadores, especialistas nesse assunto que estão junto conosco na Caravana para levar seu conhecimento, mas também para receber essas demandas que os municípios apresentam para nós e junto com o estado conseguimos criar políticas públicas efetivas, contínuas que realmente possam trabalhar em uma perspectiva de igualdade, justiça e sem deixar ninguém para trás”, afirmou.

O secretário da Seti tomou parcerias do Governo com as instituições estaduais de ensino superior do estado do Paraná como exemplos do poder transformador da educação, especificamente no que tange à políticas de empoderamento feminino.

“Além da formação que as nossas universidades fazem, há também um conjunto de ações em parceria [com o Governo]. Temos aqui alguns programas fundamentais nesse processo, como o trabalho do [Núcleo Maria da Penha] Numape, programa em que nossas universidades [estaduais] colocam recursos não só na formação, mas efetivamente na proteção dos direitos. Temos outros, como, por exemplo, o [Núcleo de Estudos e Defesa dos Direitos da Infância e da Juventude] Neddij, que trabalha com a proteção da infância e da juventude. Isso também se liga ao combate à violência contra a mulher”, listou.

No caso da Unespar, o Numape é tocado por Keila Pinna Valensuela, coordenadora do programa no campus de Paranavaí, atuando na comarca da cidade, que abrange quatro municípios e cinco distritos, sendo os primeiros Paranavaí, Amaporã, Nova Aliança do Ivaí e Tamboara, e, os últimos, Mandiocaba, Quatro Marcos, Piracema, Graciosa e Sumaré.

Já o Neddij, que fomenta projetos que atendam ao Sistema de Garantias dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), é contemplado na Unespar nos campi de Paranavaí, sob a mesma jurisdição do Numape, e de Paranaguá, coordenados, respectivamente, por Rosângela Trabuco Malvestio da Silva e Denise Maria Vaz Romano França.